Politização é uma matéria importantíssima para o fortalecimento dos movimentos por direitos humanos e de promoção da igualdade racial, dentre os quais o movimento negro.
Muito se discute sobre estratégias de mobilização da população negra, em especial da juventude negra, ao redor da luta anti-racista. A politização da juventude é um aspecto importante para a tomada de consciência negra e pertencimento racial, e, na seqüência, para o engajamento em movimentos por direitos humanos participando de reuniões de formação ideológica, política, fóruns, atividades culturais, pesquisas, atos públicos, e outras atividades que visem a superação do racismo e preconceitos diversos.
O problema é quando se confunde politização, ou discussão política, com partidarização ou discussão político-partidária. O jargão é forte no sentido que as pessoas, quando discutindo políticamente, predominantemente discutem sobre siglas partidárias e seus seguidores. Não se discute, em política, sobre a deformação na qual nós homens negros estamos acometidos por conta do racismo e do machismo, ou sobre a atuação e a condição das mulheres negras dentro do movimento negro.
Não se discute, em formação política, sobre o problema que nós negras e negros enfrentamos no seio familiar, o problema do alcoolismo nessas familias, das drogas, da falta ou dificuldade em "gestar o Amor"; tudo isso creio eu, impacto da ideologia racista na qual estamos mergulhados até o fio de cabelo.
Temos que avançar no sentido de trabalhar na reconstrução dos nossos valores, da nossa personalidade, nos avaliando constantemente, reconfigurando a deformação provocada pelo racismo e machismo, principalmente nós homens negros. Desta forma poderemos pensar em politizar de fato.
Muito se discute sobre estratégias de mobilização da população negra, em especial da juventude negra, ao redor da luta anti-racista. A politização da juventude é um aspecto importante para a tomada de consciência negra e pertencimento racial, e, na seqüência, para o engajamento em movimentos por direitos humanos participando de reuniões de formação ideológica, política, fóruns, atividades culturais, pesquisas, atos públicos, e outras atividades que visem a superação do racismo e preconceitos diversos.
O problema é quando se confunde politização, ou discussão política, com partidarização ou discussão político-partidária. O jargão é forte no sentido que as pessoas, quando discutindo políticamente, predominantemente discutem sobre siglas partidárias e seus seguidores. Não se discute, em política, sobre a deformação na qual nós homens negros estamos acometidos por conta do racismo e do machismo, ou sobre a atuação e a condição das mulheres negras dentro do movimento negro.
Não se discute, em formação política, sobre o problema que nós negras e negros enfrentamos no seio familiar, o problema do alcoolismo nessas familias, das drogas, da falta ou dificuldade em "gestar o Amor"; tudo isso creio eu, impacto da ideologia racista na qual estamos mergulhados até o fio de cabelo.
Temos que avançar no sentido de trabalhar na reconstrução dos nossos valores, da nossa personalidade, nos avaliando constantemente, reconfigurando a deformação provocada pelo racismo e machismo, principalmente nós homens negros. Desta forma poderemos pensar em politizar de fato.
Um comentário:
Bacana a sua reflexão e a percepção do machismo entre nós. Espero que, de fato, estejas diariamente treinando o "não-machismo", pois o que mais se vê por aí são os homens pretos tratando a mulher preta como objeto descartável - mesmo quando discursam a "reupgnância" às violências cometidas contra as mulheres.
Abraços,
Mônica
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